domingo, 3 de agosto de 2014

Pessoas de Algodão

Queria tanto poder dizer que estou feliz com minha situação atual, mas infelizmente não. Moro sozinho, trabalho, estudo, me sustento, enfim, sou dono do meu próprio nariz e isso me faz muito bem, mas têm algo faltando; só sinto as borboletas no estômago, mas não sinto nada, além disso. Será que a falta que sinto e de alguém? Ou de algo que ainda não tenho?...

E diante de tanta loucura me perco na sanidade de um coração híbrido que não se decide pelo real ou irreal, que se estrangula cada vez que pensa na sua vida de andante preguiçoso. Um mar de pensamentos me afoga e me faz imergir ao mesmo tempo, me deixando sentir o vento da mudança nos ossos da alma, me cobrindo com o calor de seu frio impiedosamente confuso que me faz querer morrer de vidas, passando por várias delas. Cada dia mais me perco em decisões daquilo que não me diz respeito, me deixo vagar na minha mente pulando de mundo em mundo até cansar e continuar a pular. Confuso? Sou mesmo e não consigo parar. Não consigo deixar de ser maluco pela vida que tenho e que não aproveito. Espero pelo dia e que eu me erga como um vulcão extinto, mas ao invés de destruir as coisas ao meu redor, só quero exalar as boas vibrações que meu coração híbrido libera. Saber que sinto e que sou sentido, muito pouco e ao mesmo tempo tão imenso...


Cada sonho escondido que pretendo realizar, ás vezes se escapam de minhas mãos me fazendo querer voar mesmo sem asas, e as minhas asas são os sonhos que deixo ir sem pressa vendo-os voar pra longe enquanto ando por um caminho difícil. Difícil mesmo é querer gritar com a voz alheia de alguém mudo de sentimentos.